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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CPI tende a esquentar com ‘Tempo de Despertar’ em cena.



A audiência pública com o delegado Marcelo Eduardo Freitas, da Polícia Federal, e dos promotores de Minas Gerais Guilherme Roedel Fernandez Silva e Paulo Márcio da Silva e o procurador federal André de Vasconcelos Dias promete colocar a CPI do DPVAT de volta a campo, depois de um agosto um tanto improdutivo, de poucos avanços. A participação deles foi anunciada pelo presidente da comissão, Marcus Vicente (PP-ES), quarta-feira da semana passada, 24, e acontece nesta terça-feira, 30.
Marcelo Eduardo, Guilherme Roedel e Paulo Márcio são os responsáveis pela operação Tempo de Despertar, que, em abril passado, desbaratou uma organização criminosa que agia na região de Montes Claros e Janaúba, Minas Gerais, fraudando o DPVAT, com indícios que apontam a Seguradora Líder como uma espécie de “autoridade central” dos supostos atos ilícitos. Com o trio, a CPI tende a esquentar.
O delegado Marcelo Eduardo Freitas, inclusive, concluiu recentemente um relatório, no âmbito da operação Tempo de Despertar, indiciando 38 pessoas, acusadas pelos crimes, entres outros, de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
E mais, o relatório indica que “há efetiva participação da diretoria da Líder nas supostas fraudes apresentadas, seja de forma comissiva, mas essencialmente de forma omissa, o que enseja na responsabilização criminal de seus diretores”.
“Lamentavelmente, em razão do evidente desmazelo, da falta de cuidado e de compromisso dedicado aos interesses que administra, a Seguradora Líder viu-se capturada por um grupo de delinquentes”, diz o delegado Marcelo Eduardo.
As investigações da Polícia Federal mostram que as organizações criminosas se subdividiam em várias células independentes, mas que se reportavam a uma espécie de “autoridade central” que atuavam em postos estratégicos no interior da Seguradora Líder. “Há indícios suficientes de que os representantes – espécie de ‘autoridade central’ – são os investigados Ricardo de Sá Acatuassu Xavier (Diretor Presidente) e Marcelo Davoli Lopes (Diretor Jurídico)”, diz no relatório o delegado Marcelo Eduardo.
Para a PF, os dois executivos eram os gestores que detinham o poder de mando e de decisão na Líder e também no interior dos escritórios de advocacias contratados pela Diretoria Jurídica da empresa. “Eram também os responsáveis pela contratação – à margem de qualquer procedimento seletivo e a custo milionário – dos escritórios de advocacia que representam os interesses da Seguradora Líder nas esferas judicial e extrajudicial”, afirma o delegado Marcelo Eduardo Freitas no relatório conclusivo. O inquérito está em mãos do Ministério Público, que ainda não definiu se denunciará os diretores à Justiça.
Seguradora Líder nega qualquer envolvimento de seus gestores ou funcionários em fraudes cometidas contra o DPVAT.
À jornalista Maria Luíza Filgueiras, da revista EXAME, em reportagem publicada dias atrás, o promotor Paulo Márcio da Silva foi categórico ao afirmar: “Defendemos a extinção do modelo da Líder”.





Fonte: - Gente Seguradora

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