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segunda-feira, 16 de maio de 2016


"Mercado do DPVAT anda muito prostituído"

Não cabe à Seguradora Líder determinar quantos atendimentos a vítimas do trânsito um corretor de seguros deve ou pode realizar no sistema DPVAT. A afirmativa é do sócio-gerente da mineira Canuí Corretora de Seguros, Jorge Inácio Meireles, para quem atender o segurado é o trabalho do corretor, habilitado e cadastrado. “A restrição, portanto, é uma atitude descabida e péssima, em um serviço que sequer é comercial, mas social. Quem perde é o segurado”, critica.
Nessa linha de raciocínio, Jorge Meireles sustenta que a limitação impõe um prejuízo social, privando-se a vítima de um atendimento presencial e qualitativo. Para ele, não se pode fechar os olhos ou simplesmente ignorar a seguinte realidade: o corretor é o profissional que está próximo ao segurado, prestando, sempre, um serviço qualitativo. É difícil entender, segundo ele, a promoção de ações que dão as costas para isso. O compreensivo e necessário para Jorge seria a adoção de medidas inversas, com a implantação de uma política de incentivo à categoria, de modo a permitir que o profissional sustente os gastos com a estrutura de atendimento. Ele lembra que em praticamente todas cidades do Brasil há corretores em atividade.


Contrariado com a arquitetura de rejeição ao corretor de seguros, Jorge Meireles pergunta, ironicamente: “O atendimento nos Correios também será limitado?”. Ele conta que o serviço prestado nas agências macula o sistema DPVAT. “Lá não tem ninguém treinado, o que faz do canal um verdadeiro martírio. Mas o péssimo não tem restrição, não é mesmo?”, acusa. Ele acredita que nos Correios, a documentação, em geral, segue com larga margem de erro, o que, para ele, eleva o prazo da liquidação do sinistro para absurdos três, quatro meses, ao menos. “Claro que é um canal que faz mal ao segurado”, sentencia, lançando um desafio: “Em nome da transparência, a Líder deveria tornar públicas a duração média da regulação de sinistros dos processos enviados via Correios e a quantidade de reclamações geradas a partir desse canal”.




Enquanto isso, Jorge Meireles diz que os atravessadores mal-intencionados ganham ainda mais espaço. Ele crê que são os beneficiados dessa política posta em prática pela Líder, de restrição ao corretor e centralização de sinistros. “Tais intermediários estão infiltrados com representantes em hospitais e outros órgãos de interesse. Com isso, eles conseguem o que nós, corretores, não conseguimos, a exemplo de uma procuração”, relata.
Na avaliação de Jorge Meireles o “mercado do DPVAT anda muito prostituído, muito também por causa das fraudes”. “E a Líder parece não estar preocupada. São tantos os casos de fraudes surgindo Brasil afora e a companhia ainda prefere investir contra o corretor, um canal seguro”, desabafa. É importante que se diga, segundo ele, que “o corretor é fiscalizado, se faz algo errado a Susep vem em cima, ao contrário do atravessador que opera livremente sob aceito da Líder”.}

Fonte: www.news.genteseguradora.com.br

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